Subiu para 18 o número de mortos na explosão do Hotel Saratoga, ocorrida nesta sexta-feira, em Havana, capital de Cuba. O incidente destruiu vários andares e as laterais do prédio, deixando ao menos 30 feridos, afirmaram testemunhas e a imprensa estatal cubana.
Em postagem no Twitter, a Presidência de Cuba informou que entre os mortos há uma grávida e uma criança.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, falando da cena do desastre em transmissão da TV estatal, disse que a explosão no Hotel Saratoga não decorreu de uma bomba, mas provavelmente de um vazamento de gás.
“De jeito nenhum foi uma bomba ou um ataque”, disse ele à Agência Reuters mais tarde, ao deixar o hospital Calixto Garcia, onde muitos dos feridos recebiam atendimento. “É apenas um acidente muito infeliz”, completou.
A explosão, no entanto, causou uma breve onda de pânico no bairro histórico de Havana, que gradualmente começa a reabrir aos turistas depois que a pandemia atingiu o setor.
A TV estatal informou que os esforços de busca e resgate prosseguem. O governo ainda não divulgou as nacionalidades das vítimas que faleceram.
O hotel, de 96 quartos, havia sido fechado, para obras, mas recebia trabalhadores no momento da explosão. A expectativa era de reabertura nos próximos dias.
“Os trabalhadores faziam reparos e todo o trabalho para abrir a propriedade, e pela manhã eles reabasteciam o gás. Parece que algum acidente causou uma explosão”, disse Roberto Enrique Calzadilla, representante da empresa militar que opera muitos dos hotéis do país.
Em estilo neoclássico, o Saratoga havia sido remodelado por uma empresa britânica após a queda da União Soviética, e se tornou o local mais procurado, ao longo de muitos anos, por autoridades governamentais e celebridades em visita à ilha.