O Ivar (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais) subiu 0,82% em abril, segundo dados do estudo divulgado nesta sexta-feira (6) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). A variação representa uma estabilidade ante a alta de 0,81% do indicador em março.
Com o resultado, o índice passa a acumular variação de 8,24% em 12 meses, a maior nesta base de comparação desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. Entre março e abril, a taxa de variação mensal do Ivar registrou aceleração somente em Porto Alegre (RS), que subiu 0,82%, após queda de 1,25% apurada no mês anterior.
Já as taxas interanuais aceleraram em todas as cidades componentes do indicador entre março e abril, com destaques para São Paulo (de 4,09% para 6,54%), Rio de Janeiro (de 7,27% para 8,7%), Belo Horizonte (de 14,11% para 14,87%) e Porto Alegre (de 4,98% para 7,17%).
Diferentemente do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), utilizado no reajuste da maior parte dos contratos vigentes no Brasil, o Ivar é calculado com base em dados coletados de contratos assinados por inquilinos e locatários de quatro capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte), obtidos junto a empresas administradoras de imóveis.
“O objetivo é medir a evolução dos preços e preencher uma lacuna nas estatísticas nacionais nesse nicho. O índice utiliza valores negociados dos aluguéis em vez de dados de anúncios como base de cálculo. Fazem parte dados como os valores dos contratos novos e os reajustes de contratos existentes, além das características de cada imóvel”, destaca a FGV.
Na avaliação dos pesquisadores, a metodologia adotada permite a “mensuração robusta da variação média dos aluguéis ao longo do tempo” e reflete melhor o cenário de oferta e demanda do mercado de locação de imóveis residenciais.