O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o único responsável pela contagem dos votos das eleições no Brasil. Pacheco assumiu à presidência da República durante o dia, em razão das viagens internacionais do presidente Jair Bolsonaro e sucessores dele, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Questionado na tarde desta sexta sobre as declarações de Bolsonaro de que o PL vai contratar uma empresa privada para fiscalizar as eleições, marcadas para outubro, Pacheco disse que a participação de partidos para entender como o sistema eletrônico funciona é legítima, mas a apuração é de responsabilidade exclusiva da Justiça Eleitoral.
“Não há motivo razoável, e justa causa, para poder se questionar a higidez das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro”, reiterou o presidente em exercício.
“Questionamentos que não têm justa causa e que não têm lastro probatório ou legitimidade não contribuem e consequentemente podem, sim, atrapalhar o bom andamento das instituições”, completou.
Participação europeia
Pacheco também disse que o pedido apresentado pela oposição, para que o Parlamento Europeu seja convidado a observar as eleições deste ano no país, vai ser apreciado pelo parlamento.
“A tendência de encaminhamento é consultarmos o TSE que, repito, é a instituição responsável pelo processo eleitoral brasileiro, não é diretamente o Senado, é o TSE. Consultaremos o TSE para saber se isso é algo que pode ser concretizado. Sendo, não há problema nenhum, quanto mais transparência e maior observação em relação ao processo eleitoral brasileiro, melhor será”, disse ele.
Durante a semana, o Tribunal Superior Eleitoral desistiu de convidar a União Europeia para acompanhar as eleições gerais de outubro no país. Segundo fontes do TSE, “foi feito o convite, aí surgiram algumas questões apresentadas pelo Itamaraty e por isso estamos tentando uma missão técnica no lugar de uma missão internacional”, explicou a Corte.