Inflação brasileira é uma das três maiores entre as grandes economias

inflação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A alta da inflação registrada no Brasil permanece bem acima da média observada nas maiores economias do mundo. Relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é a maior do G20 – grupo dos países mais ricos –atrás só da Turquia e da Argentina.

E as previsões não são as melhores. O resultado da inflação oficial de abril será divulgado pelo IBGE no dia 11, e que terá um forte impacto da alta dos combustíveis, sendo que a prévia registrou a maior alta para o mês desde 1995, com a taxa no acumulado em 12 meses chegando a 12%. A projeção atual do mercado financeiro é de uma inflação de 7,89% em 2022

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março. Já são 7 meses seguidos com a inflação anual acima dois dígitos. No conjunto de países da OCDE, que inclui todas economias desenvolvidas e algumas emergentes, a inflação em 12 meses atingiu 8,8% em março, ante 7,8% em fevereiro – nível mais alto desde outubro de 1988.  No G7, passou para 7,1%, vindo de 6,3%.

Conforme dados do relatório, cerca de um quinto dos 38 integrantes da OCDE tiveram inflação de dois dígitos em março, sendo a mais alta a da Turquia (61,1%). Os únicos outros países da organização (mas que não estão entre as maiores economias) com taxa anual acima de 10% são Lituânia (15,7%), Estônia (15,2%), República Tcheca (12,7%), Letônia (11,5%), Polônia (11%) e Eslováquia (10,4%).

A OCDE destacou a forte pressão dos preços de energia, cuja inflação saltou 33,7% em 12 meses, maior elevação desde maio de 1980. Excluindo-se alimentos e energia, a inflação para o bloco de países do grupo foi de 5,9%.