O crescimento da produção da indústria elétrica e eletrônica brasileira em março foi 1,3% acima do verificado em fevereiro. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) com base em dados de produção industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao setor.
No acumulado janeiro a março a produção industrial do setor eletroeletrônico caiu 12,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Essa queda resultou do recuo de 18,6% da área elétrica e da retração de 5,6% da área eletrônica. É importante destacar que a área elétrica, que apontou queda mais expressiva neste 1º trimestre de 2022, também havia registrado aumento mais significativo neste mesmo período do ano passado.
Com o desempenho, o mês de março foi o segundo mês consecutivo de alta da produção da indústria elétrica e eletrônica, mas sem recuperar a queda verificada em janeiro. No desempenho do mês, há um aumento de 7,9% da área eletrônica, mas 12,7% abaixo da produção do mesmo período de 2021.
Conforme o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a comparação entre os dois últimos anos apresenta uma retração de 20,8% na área elétrica. Já o recuo na eletrônica foi mais modesto, atingindo 3,7%. Na área elétrica, a produção de quase todos os segmentos apontou retração, com destaque para os eletrodomésticos, de 33,3%, e pilhas e baterias, 24,8%.
Também, segundo a Abinee, foram significativas as quedas na produção de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica, de 19,2%, e lâmpadas e outros equipamentos de iluminação, 17,9%. No caso de geradores, transformadores e motores elétricos, a redução foi mais modesta, de 5%.
Por outro lado, cresceu apenas a produção de outros equipamentos elétricos, em 15,7%. Neste segmento estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e eletrodos, escovas e outros artigos de carvão ou grafita para usos elétricos.
Na área eletrônica, as principais retrações foram na produção de instrumentos de medida, 25,5%, aparelhos de áudio e vídeo, 16,7%, e equipamentos de comunicação, 7,5%. Destacaram-se também os incrementos na produção de bens de informática e periféricos, em 26,3%, e de componentes eletrônicos, em 15,5%.