Centenas de agricultores familiares e camponeses ocuparam, na manhã desta quarta-feira, a sede da Secretaria da Fazenda, em Porto Alegre, para cobrar do governo estadual as medidas de socorro a produtores afetados pela estiagem e pela pandemia anunciadas ainda em 16 de fevereiro. Após serem recebidos pelo secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, representantes do setor saíram com a promessa de que, até 19 de maio, o governo define o número de famílias que serão beneficiadas com o auxílio emergencial no valor de um salário mínimo, uma das principais reivindicações dos produtores, e a data desses repasses.
“Vamos dar um voto de confiança para o governo e, se não se confirmar, voltamos a nos mobilizar”, disse o coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), Douglas Cenci. Além da entidade, participaram da mobilização o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), com apoio da CUT-RS.
O setor aguarda ainda a liberação de um crédito emergencial de R$ 10 mil por unidade familiar. Na terça-feira, os agricultores haviam se mobilizado em frente ao Palácio Piratini, em protesto contra a demora nas liberações. Segundo o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, o assunto está sendo tratado diretamente pelo governador Ranolfo Vieira Júnior e a expectativa é que seja solucionado ainda neste mês.
