A Secretaria Estadual da Saúde (SES) revelou hoje, que 2.936.996 moradores do Rio Grande do Sul seguem com o registro da terceira dose da vacina contra a Covid-19 pendente. Em relação a fevereiro, o contingente aumentou em 400 mil pessoas.
A coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Ivana Varela, admite que o cenário é preocupante, já que que o vírus continua circulando, apesar de o Brasil ter declarado o fim da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional (ESPIN).
“Isso é bem preocupante, porque a Covid-19 teve um impacto muito grande nas hospitalizações. E com a proximidade do inverno, as pessoas tendem a se aglomerar mais”, enfatiza.
Ivana alerta que as flexibilizações das medidas, mesmo em um cenário epidemiológico favorável, exigem cuidados da população. “Se sabe que a proteção da vacina vai se reduzindo ao longo do tempo. Por isso a importância de fazer essa dose de reforço”, frisa.
A epidemiologista ressalta que a população mais vulnerável, como gestantes, idosos acima de 60 anos e pessoas com comorbidades, pode desenvolver quadros mais graves da doença. Ela também adverte que cresceu em cerca de 15% o número diário de casos confirmados na última semana.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que a terceira dose seja administrada quatro meses após a pessoa completar o plano inicial da vacinação.
*Com informações do repórter Felipe Samuel/Correio do Povo