O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano, como o previsto pelo mercado. No comunicado, o Copom antevê para próxima reunião extensão do ciclo com ajuste menor magnitude, ou seja, um novo aumento mas com menor intensidade. Com a nova taxa, a Selic atinge o maior patamar em mais de cinco anos. Em janeiro de 2017, a taxa era de 13% ao ano.
Com a elevação, o Brasil retomou a liderança do ranking mundial de juros reais, segundo levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. Descontada a inflação, os juros no país atingiram 6,69% ao ano.
A taxa real é calculada com abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.
Já o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou, também hoje, uma elevação de meio ponto percentual nas taxas de juros de referência, o primeiro aumento dessa magnitude desde o ano 2000, para tentar controlar uma inflação recorde. No comunicado desta quarta, a instituição monetária norte-americana destacou que novas altas “se justificarão” no futuro.
As taxas ficaram, assim, entre 0,75% e 1%, segundo o comunicado oficial emitido ao fim de uma reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária do Fed. Além disso, o organismo vai começar a reduzir ativos em bônus a partir de 1º de junho e advertiu que a guerra na Ucrânia e os confinamentos na China agravaram a inflação.