Santas Casas cobram recursos em caso de aprovação do piso da enfermagem

Custos caso lei seja aprovada devem ser de R$ 6,3 bilhões em todo o país, salienta federação do RS

| Foto: Matheus Piccini

Enquanto profissionais e sindicatos das categorias pressionam pela aprovação do Projeto de Lei 2564, que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares, os hospitais filantrópicos, responsáveis por mais da metade dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País, cobram contrapartidas para poder manter os valores propostos no texto do PL. Através da campanha Chega de Silêncio, promovida pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), os hospitais filantrópicos pedem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, em simultaneidade à aprovação do projeto.

“Estamos passando por um período sem reajuste nas tabelas do SUS. Só sobre o valor do piso previsto no PL 2564, a estimativa de aumento de custo é de 6,3 bilhões”, ressalta a vice-presidente da Federação das Santas Casas do RS, Vanderli de Barros. Conforme seu texto atual, se a lei for aprovada, o piso passa a ser de R$ 4.750,00 para enfermeiros, R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375,00, para auxiliares e parteiras.

Vanderli afirma que as federações regionais e os hospitais entendem que essa pauta deve ser votada e todos os profissionais da área da saúde tem que ser valorizados. “A saúde se faz por pessoas, por profissionais. Essa valorização é fundamental em todas as categorias. O que não estamos percebendo é um movimento para que tenha uma previsão orçamentaria que atenda as entidades filantrópicas. Essa é nossa grande preocupação”, explica.