Grupo que transformou condomínio em quartel-general do tráfico é alvo da polícia

Ação da Polícia Civil e Brigada Militar cumpre 33 ordens judiciais em Esteio

Quadrilha teria dominado o complexo habitacional, onde vivem cerca de 900 pessoas. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Agentes da Polícia Civil e Brigada Militar cumprem, na manhã desta terça-feira (3), 32 ordens judiciais em um condomínio localizado em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A Operação Capo tem como objetivo desarticular a quadrilha suspeita de ter dominado o complexo habitacional, onde vivem 900 pessoas, transformando-o em uma espécie de quartel-general do tráfico de drogas.

As investigações, coordenadas pela delegada Luciane Bertoletti, se estenderam por mais de um ano. Ao todo, 13 pessoas são alvo de mandados de prisão – sendo 12 temporárias, e uma preventiva. A última é contra o homem apontado como o líder do grupo, que está em um presídio federal e possui uma empresa de reformas. Ele é apontado como integrante de uma facção criminosa que tem origem no Vale do Sinos.

A esposa do principal suspeito é síndica de um dos condomínios. Ela é sócia de uma empresa de vigilância e monitoramento, que presta serviços aos residenciais. A companhia seria usada para facilitar a vida dos usuários de droga, que sequer precisam entrar nas dependências do condomínio para comprar os entorpecentes, disponíveis nas guaritas. Os investigados coagem os moradores e não denunciar os fatos.

Câmeras de segurança e homens armados fazem o monitoramento das pessoas que vivem no local. Alguns integrantes da quadrilha vivem em apartamentos cedidos pelo grupo, que também funcionam como depósitos de entorpecentes e armas. A Operação Capo mobilizou mais de 180 agentes, entre policiais civis e militares, e investiga os crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção de menores e coação.