Com os últimos dias antes do Dia das Mães, o comércio aposta nas vendas para a data, a segunda mais importante depois do Natal. Expectativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam para uma queda de 1,8% comparada com as registradas em 2021 e um volume financeiro de R$ 14,42 bilhões em presentes, frente a R$ 14,68 bilhões no ano passado.
Ao contrário, a perspectiva da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS é de que o volume de vendas do comércio varejista na data possa chegar aos R$ 600 milhões, o que representará um incremento de até 9% na comparação com igual período de 2021 e de quase 70% em relação ao volume registrado em 2020.
A FCDL-RS aposta que os consumidores seguirão apostando nos produtos tradicionais para presentear as mães. Desta forma roupas, calçados e acessórios continuarão tendo a preferência dos consumidores, fazendo com que esse segmento possa ter, no Rio Grande do Sul, um faturamento de até R$ 280 milhões. A expectativa é que o ticket médio dos gaúchos com a compra dos presentes para as mães deva ficar em torno de R$ 210,00.
“Temos fatores muito positivos que favorecem o otimismo. Além do apelo emocional, há o saque extraordinário do FGTS e o pagamento do 13o salário para aposentados e pensionistas do INSS”, salienta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
Conforme indicadores de um estudo elaborado pelo economista Gustavo Inácio de Moraes, da Escola de Negócios da PUCRS, em parceira da FCDL-RS, a economia gaúcha teve um dos melhores índices de contratações de trabalhadores dos últimos anos. Isso, segundo o economista, além de ampliar o contingente de pessoas com poder de consumo no estado, demonstra a confiança do empresariado em relação a uma economia mais ativa no segundo semestre do ano.
Conforme a CNC, os setores mais afetados devem ser os de utilidades domésticas e eletroeletrônicos e de móveis e eletrodomésticos, com quedas de 9,3% e 9,5% nas vendas, respectivamente. Já o setor de calçados e acessórios, apesar de continuar como o preferido dos consumidores no Dia das Mães, deve ter um crescimento de apenas 1,4%, de acordo com a entidade.