Julgamento da ex-deputada federal Flordelis é adiado para junho

Juíza considerou que não havia tempo hábil para juntada de laudos exigidos pelas defesas dos réus

Filho de Flordelis recebeu liberdade condicional | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O júri popular da ex-deputada federal Flordelis e de mais quatro réus acusados de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, marcado para o dia 9 de maio, só ocorre agora em 6 de junho, às 9h.

A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, definiu o adiamento ao considerar que não havia tempo hábil para a juntada de todos os laudos exigidos pelas defesas dos réus até a data prevista.

Além da ex-parlamentar, serão julgados a filha biológica dela, Simone dos Santos Rodrigues, a neta Rayane dos Santos Oliveira e os filhos afetivos André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira da Silva.

O pastor, que era marido de Flordelis, morreu baleado, na garagem de casa, em 16 de junho de 2019, em Niterói, na região Metropolitana do Rio.

Réus
Na sessão de julgamento, que começou em 12 de abril e terminou na manhã do dia seguinte, o Tribunal do Júri de Niterói condenou quatro réus. O filho biológico de Flordelis, Adriano dos Santos Rodrigues, recebeu pena de quatro anos, seis meses e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente semiaberto por uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada; o ex-PM Marcos Siqueira Costa, teve pena de cinco anos e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado; e esposa dele, Andrea Santos Maia, de quatro anos, três meses e dez dias de reclusão, em regime inicialmente semiaberto.

O filho afetivo Carlos Ubiraci Francisco da Silva, condenado pelo crime de associação criminosa armada a dois anos, pegou dois meses e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente semiaberto.

Em outra sessão, realizada em novembro de 2021, o Tribunal do Júri de Niterói condenou o filho biológico da ex-deputada federal Flordelis, Flávio dos Santos Rodrigues, a 33 anos 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Flávio havia sido denunciado como autor dos disparos de arma de fogo que provocaram a morte do pastor Anderson.

Ainda na mesma sessão de julgamento, o filho adotivo da ex-deputada, Lucas Cezar dos Santos de Souza, recebeu pena de nove anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado. Ele era acusado de ter sido o responsável por adquirir a arma usada no assassinato do pastor.