Congresso Nacional destrava crédito ao Plano Safra 2021/20221

Aprovação do PLN1, enviado à sanção presidencial, libera R$ 868,49 milhões para contratações de custeio e investimento

Foto: Arthur Puls / CP

O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira, em sessão plenária, o projeto de lei (PLN1/2022), que abre crédito suplementar de R$ 2,57 bilhões para a recomposição de despesas do governo federal e financiamento do Plano Safra 2021/2022. Aguardada com expectativa pelos produtores rurais afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul no verão, a medida vai liberar R$ 868,49 milhões, que possibilitarão a reabertura das linhas de crédito do plano. Os empréstimos “travaram” em fevereiro, devido à falta de recursos para bancar a equalização de taxas de juros dessas operações. A proposta agora segue enviada à sanção presidencial.

“Podemos dizer que o Congresso Nacional fez a sua parte, garantindo os recursos necessários para a retomada do crédito rural, de forma especial o Pronaf”, comentou o deputado Heitor Schuch (PSB), presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar. O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, disse que o projeto gera “alívio” ao setor. “Esperamos que a burocracia não emperre a liberação dos recursos, que a retomada das contratações de investimentos e custeios aconteça imediatamente para não prejudicar a safra de inverno”, destacou.

Para outras lideranças do agronegócio, os recursos serão insuficientes. O economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, disse que a aprovação do projeto chega com três meses de atraso, já que o Plano Safra 2021/2022 se encerra em 30 de junho. “Muita gente buscou outras alternativas, pegou dinheiro caríssimo (nos agentes financeiros) por causa disso”, observou. Para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro-RS), o PLN1 é positivo, mas não atende à necessidade de crédito dos produtores que tiveram grandes prejuízos com a estiagem. “Vai ajudar a roda a andar, precisamos que esta página seja virada, mas não é suficiente”, disse.