Depois de um mês sem divulgação do Relatório Focus, com projeções de economistas para a economia brasileira, o Banco Central faz um alerta sobre a força dos indicadores inflacionários para 2022. Conforme as estimativas, a previsão é de uma alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 7,65% este ano, que no final de março era de 6,86%, contemplando 15 semanas de altas.
O conteúdo das estimativas do mercado financeiro não era divulgado desde 28 de março, quando a publicação foi interrompida em função da greve dos servidores do Banco Central. A projeção do IPCA se distancia ainda mais da meta do governo para este ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
Já no caso da taxa básica de juros, a Selic, o Relatório Focus estima que chegue ao final do ano em 13,25%, contra 13% em março. Atualmente, a taxa está em 11,75% e será rediscutida na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no dias 3 e 4 de maio, com projeção de aumentar para 12,75% ao ano ao final do encontro.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), o levantamento apontou um crescimento de 0,65% neste ano, estimativa que em março era de 0,5%.