A caderneta de poupança registrou o terceiro mês consecutivo de saques líquidos em março, com um volume de saques de R$ 15,3 bilhões no mês. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central. O resultado representa a maior retirada para o período desde o início da série histórica, em 1995.
Em fevereiro, o volume de dinheiro retirado da aplicação foi de R$ 5,3 bilhões, comparado com R$ 3,5 bilhões sacados em março de 2021. Em março, os depósitos somaram R$ 311,7 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 327,1 bilhões.
Considerando o rendimento de R$ 5,1 bilhões no período, o saldo total da caderneta somou R$ 1 trilhão no fim do terceiro mês do ano. Para abril, a caderneta de poupança também teve saldo negativo, de R$ 5,9 bilhões.
Em 2021, a caderneta de poupança teve o terceiro pior desempenho anual da história, com retiradas líquidas de R$ 35,4 bilhões, após registrar recorde em 2020 (R$ 166,310 bilhões), em meio ao auxílio emergencial e à maior tendência das famílias de guardarem dinheiro no início da pandemia de covid-19.
A poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), atualmente em 0,1302% ao mês (1,57% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.
O Relatório de Poupança de março deveria ter sido divulgado no dia 6 de abril, mas foi adiado devido à greve dos servidores do BC, que foi iniciada no dia 1º de abril.