Endividados superam 65 milhões de pessoas pelo segundo mês consecutivo no país

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Pelo segundo mês consecutivo, a inadimplência cresceu e superou a marca de 65 milhões no Brasil, fruto da alta dos preços sobre o orçamento das famílias. Segundo levantamento da Serasa, em março, foram 65,6 milhões de pessoas que não conseguiram pagar as contas em dia, índice 0,81% superior em relação ao registrado em fevereiro.

No Rio Grande do Sul, os devedores gaúchos somam R$ 13,5 bilhões em dívidas concentradas em 3,1 milhões de inadimplentes. Entre os municípios com o maior número de devedores, Porto Alegre concentra 474 mil inadimplentes, seguida de Canoas (137 mil), Caxias do Sul (133 mil) e Gravataí (101,4 mil).

O levantamento feito pela Serasa aponta que 34,8% dos devedores gaúchos tem entre 41 e 60 anos, 32,6% entre 26 e 40 anos, 20% acima dos 60 anos e 12,1% até 25 anos. O valor médio da dívida por pessoa é de R$ 4,2 mil.

DÍVIDA DO BRASILEIRO

O montante da dívida também no país é o maior registrado desde o pico da pandemia, superando R$ 265 bilhões. O valor médio, que subiu 3,2% em relação a março de 2020, é de R$ 4.046,31 por pessoa endividada, cerca de quatro vezes mais que o salário mínimo vigente.

O perfil da dívida, porém, é variado. A falta de pagamento de juros a bancos e cartões de crédito lidera, com 28,3%, seguido pelas contas básicas, como luz, água e gás, com 23,2%. O varejo ainda responde por 12,5% do total. O perfil das pessoas com nome sujo também varia. Entre os inadimplentes, o maior número é na faixa etária dos 26 aos 40 anos (35,2%), seguido pela faixa de 41 a 60 anos (34,9%). Os homens respondem por 49,8%, e as mulheres, por 50,2%.