Com crise em Brasília e juros nos EUA e no Brasil, dólar sobe para R$ 4,80

Foto: Valter Campanato/ABr

Em meio ao aperto monetário estimado para a economia norte-americana, a partir das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA, Jerome Powell, associado à possibilidade de fim da alta da Selic no Brasil e o novo embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF), o dólar saltou 4% nesta sexta-feira, 20, vendido a R$ 4,80. A valorização diária é a maior desde a chegada da pandemia de Covid-19 no Brasil, em 16 de março de 2020, quando a moeda teve alta de 4,90%

Bem cedo, o presidente do Federal Reserve (Fed) afirmou que um aumento de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros “está na mesa” para as discussões do encontro de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

Esse comportamento se intensificou ao longo da manhã, na medida em que analistas do mercado também se mostraram atentos ao cenário brasileiro a partir de expectativas de reuniões de representantes do Banco Central em Washington.

A cotação em alta, porém, também se justifica pelos encontros dos dirigentes da autoridade monetária brasileira em Washington, onde sinalizaram que o ciclo de aperto monetário pode estar perto do fim.

No mercado de ações, o comportamento das operações do Ibovespa acompanhou a aversão global ao risco. A B3 fechou com marca de 112 mil pontos, chegando ao final do pregão com um tombo de 2,86%.