Os servidores do Banco Central resolveram, como eles definiram depois de uma assembleia, dar um “voto de confiança” ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e suspender até o dia 02 de maio a greve. O objetivo é avançar nas negociações por recomposição salarial de 26,3% e reestruturação de carreiras. Mas o movimento continua em uma operação-padrão.
A greve de 19 dias dos servidores do Banco Central vinha dificultando a divulgação de estatísticas relevantes, como o Boletim Focus, que reúne estimativas de inflação de bancos e analistas de consultoria, o Indeco, o Relatório de Poupança e o IBC-Br. As operações de transação por meio do Pix e a impressão de cédulas e moedas também foram afetadas, pois não fazem parte da Lei de Serviços Essenciais.
Além do atendimento ao cliente, tarifas diversas, monitoramento e manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demhab também sofreram impactos com a paralisação dos servidores do Banco Central.
Com a decisão, o Banco Central (BC) informou que as informações pendentes de divulgação ou programados serão divulgados “o mais cedo possível”. Conforme a autoridade monetária, “informaremos com pelo menos 24 horas de antecedência as datas em que serão divulgados”.
O sindicato dos servidores também se manifestou e garantiu que se não houver avanço no prazo estabelecido, “a greve será retomada automaticamente a partir de 3 de maio de 2022″.