Suspeitos de mega-assalto em Guarapuava (PR) estariam escondidos em matagal

Um suspeito foi preso, mas liberado após interrogatório. Mais de 200 policiais fazem hoje buscas pelos criminosos na área rural

Fuzil foi abandonado em árvore após mega-assalto à transportadora de valores no PR. Foto: Record TV/Reprodução

A polícia suspeita que os homens que participaram do mega-assalto a uma transportadora de valores em Guarapuava (PR), na noite de domingo (17), estejam escondidos em um matagal, e podem estar feridos. Mais de 250 policiais fazem buscas na cidade e em toda a área rural do entorno.

Na tarde desta segunda (18), um suspeito de 25 anos foi preso. Ele foi interrogado pela polícia e, cinco horas depois, liberado. Apenas o celular permaneceu em poder dos investigadores. Segundo a polícia, a suspeita é de que ele tenha fornecido o armamento militar, até fuzil, usado na invasão da empresa de valores.

Um fuzil foi abandonado em uma árvore. Dois caminhões queimados pelo grupo criminoso permanecem em frente ao Batalhão da Polícia Militar. A unidade foi intensamente alvejada. São pelo menos 30 tiros só na fachada.

Dois policiais ficaram feridos na ação. Um deles foi atingido na cabeça e está internado em estado grave. O outro foi baleado na perna e passou por cirurgia. Um terceiro policial só não ficou ferido porque o disparo atingiu o celular e o colete à prova de balas.

Também moradores foram feitos reféns e usados como escudos humanos por cerca de 30 homens. Diversos veículos foram incendiados na fuga. Carros e armamento foram apreendidos pela polícia.

Apesar de os criminosos terem ficado 1h30 dentro da transportadora, não conseguiram acessar o cofre, segundo a polícia.

O caso

Nas imagens veiculadas nas redes sociais é possível ouvir tiros sendo disparados. Veículos foram incendiados no meio das ruas da cidade, que teve diversas vias bloqueadas. “Houve ataque à base da Proforte em Guarapuava. Orientamos a população a se abrigar em casa”, relatou a PM.

Equipes de apoio da polícia de cidades vizinhas, inclusive Curitiba, foram acionadas. Moradores, no entanto, afirmam que os criminosos fugiram antes da chegada do reforço dos militares. Também um tanque do Exército circulou pelas ruas do município.

A Polícia Rodoviária de Ponta Grossa foi chamada para enviar reforços ao município, localizado a 255 km da capital do Paraná.

O assalto teve início perto das 23h e foi semelhante ao roubo registrado em Criciúma (SC) em dezembro de 2020, com veículos incendiados, muitos tiros e reféns. As ações, classificadas de “novo cangaço”, aterrorizam cidades de pequeno e médio porte e se aproveitam da estrutura policial menor para recolher altas quantias de dinheiro.