Representantes da Prefeitura de Porto Alegre receberam a diretoria do Sindicato dos Municipários (Simpa), na tarde desta terça-feira, para dar prosseguimento às negociações em torno do reajuste salarial do funcionalismo. Até o momento, o governo apresentou duas propostas à categoria, ambas rejeitadas, e garantiu pagar, na folha de abril, 4% de reposição salarial. Por seis anos, os municipários ficaram sem nenhum tipo de reajuste.
O diretor-geral do Simpa, João Ezequiel da Silva, lembrou que, pela primeira vez, o sindicato apresentou uma contraproposta formal de reajuste, o que “não é de praxe”.
Já o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, explicou o porquê de não responder a essa contraproposta de imediato. “Ainda não tivemos tempo hábil para debater sobre a nova pauta. Não é do nosso perfil prolongar o processo, tanto que apresentamos duas propostas e antecipamos os 4% de reposição para a próxima folha de pagamento”, explicou.
O secretário de Governança Local e Coordenação Política, Cássio Trogildo, reiterou que a proposta do governo, desde o início, era a de 10,06% de reposição, referente ao primeiro ano da atual administração.
A assembleia-geral da categoria, agendada para 27 de abril, fica agora na dependênica de o governo marcar uma nova reunião com o sindicato. No encontro de hoje, os negociadores se comprometeram a dar retorno o mais breve possível.
O município, até agora, mantém a oferta de 10,06% de reposição, em três parcelas: a primeira de 4%, em abril; a segunda, de 3%, em agosto, e o saldo, em novembro. Para o vale-alimentação, o Executivo oferece reajuste de 15%. A prefeitura também promete pagar as progressões atrasadas, referentes ao período de 2012 a 2014, em 80 parcelas, a partir de julho.
Já os servidores pedem o reconhecimento da inflação acumulada do período do governo anterior – do prefeito Nelson Marchezan Jr. -, que soma 14,94%. No curto prazo, os municipários querem que a prefeitura cumpra a data-base do reajuste, que por lei vence sempre em maio. Com isso, defendem que o governo atual pague 19,53% de reposição, referentes ao período de maio de 2020 a abril de 2022. Desse total, o Simpa pede que 10,06% sejam repassados, de imediato, sendo 4% agora e 6,06% em maio, com os 9,47% restantes divididos em duas parcelas, em agosto e novembro.
A categoria também quer que o vale-alimentação seja corrigido em 19,53%. Em relação ao pagamento das progressões, os servidores sugerem que o número de parcelas não passe de 60. O Simpa cobra, ainda, um calendário de início de pagamento dos atrasos referentes às progressões do período posterior, de 2014 a 2022. A entidade propõe que as dívidas comecem a ser quitadas, gradativamente, entre setembro deste ano e novembro de 2023, respeitando a ordem cronológica.
