Coronavac deve ser utilizada apenas em crianças e adolescentes, estabelece Queiroga

Ministro também afirmou que não há evidências científicas para utilização do imunizante

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Primeira vacina contra Covid-19 a ser aplicada no Brasil, a Coronavac deve ser utilizada, a partir de agora, apenas em crianças e adolescentes. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deu a orientação, nesta segunda-feira, na coletiva de imprensa em que explicou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), fato anunciado na noite desse domingo.

A Espin, adotada em março de 2020, oferece o arcabouço jurídico para permitir, por exemplo, o uso emergencial de vacinas contra o coronavírus. No total, 172 regras do Ministério da Saúde devem ser impactadas com o fim da emergência. Atualmente, a Coronavac obteve apenas registro emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Mais de um ano após, ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas para que esse imunizante tivesse o registro definitivo”, declarou Queiroga à imprensa, lembrando que esse é um consenso em países desenvolvidos e do porte do Brasil.

De acordo com o ministro da Saúde, a pasta já pediu à Anvisa a renovação da autorização emergencial da Coronavac por mais um ano. “Claro que essa é uma decisão da agência regulatória. Se a Anvisa autorizar e atender o pleito do Ministério da Saúde, essa vacina pode ser utilizada em crianças e adolescentes”, esclareceu.

Queiroga também afirmou que não há evidências científicas para utilização da Coronavac em adultos nem como dose de reforço.

*Com informações da Agência Estado