Com UTI neonatal superlotada, Hospital Fêmina mantém restrição para novas gestantes

Não há prazo para normalização do serviço

Foto: Mauro Schaefer/CP

O Hospital Fêmina, administrado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), mantém nesta segunda-feira (18) a restrição para novas gestantes em razão da superlotação da UTI Neonatal. Nesse domingo, a casa de saúde emitiu alerta orientando gestantes a procurarem outras unidades de saúde para a realização de partos, já que o setor opera acima da capacidade.

De acordo com o coordenador da UTI Neonatal do Fêmina, Dr. Ercio Amaro de Oliveira Filho, 13 pacientes estão em atendimento hoje em um espaço para 10 leitos. Já a unidade intermediária, com 20 leitos, atende 28 internados na manhã desta segunda-feira. “Nós estamos pedindo para que as gestantes procurem outras unidades hospitalares. Nós não temos condições de atender mais crianças do que já estamos atendendo hoje. Essa situação, provavelmente, vai durar alguns dias até que consigamos dar alta para as crianças que estão internadas. Assim conseguiremos receber as gestantes normalmente”, afirma.

Em outros hospitais, a situação é variável. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ocupação de leitos pediátricos no Hospital de Clínicas chegou neste domingo a 84,6%, ou 11 pacientes para 13 vagas disponíveis. A situação das emergências pediátricas, motivada pelo aumento de casos de doenças respiratórias, preocupa na capital, motivando campanhas como a lançada na semana passada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), intitulada S.O.S. Emergência Pediátrica.

Porém, a lotação no Fêmina não é causada pelo crescimento de pacientes com problemas respiratórios, e sim pelo número elevado de gestantes necessitando de atendimento, especialmente em trabalho de parto.