Com UTI neonatal superlotada, Hospital Fêmina pede que gestantes procurem outros locais

Segundo o diretor técnico do GHC, Francisco Zancan Paz, há 12 leitos ocupados para 10 vagas no setor

Foto: Mauro Schaefer/CP

O Hospital Fêmina, administrado pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), emitiu alerta, neste domingo, orientando gestantes a procurarem outras unidades de saúde para a realização de partos, já que o setor neonatal opera acima da capacidade. De acordo com o diretor técnico do GHC, Francisco Paz, há 12 pacientes em um espaço para 10 leitos na UTI Neonatal, que atende recém-nascidos, e mais dois leitos em uso por um parto de gêmeos em andamento.

Já a unidade intermediária, com 20 leitos, atende 31 internados nesta tarde. “Desta forma, não podemos receber nenhum outro parto por falta absoluta de leitos neonatais. Só poderemos atender quando tivermos disponibilidade”, observa o diretor.

Na obstetrícia, a situação é um pouco mais tranquila, com 44 leitos e 33 pacientes. “Está havendo superlotação das UTIs neonatais devido às restrições de outros serviços e aumento da demanda. A situação é dinâmica e reavaliada seguidamente. Havendo liberação de leitos, podemos reverter”, salienta ele.

Em outros hospitais, a situação é variável. De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ocupação de leitos pediátricos no Hospital de Clínicas chegou neste domingo a 84,6%, ou 11 pacientes para 13 vagas disponíveis. A situação das emergências pediátricas, motivada pelo aumento de casos de doenças respiratórias, preocupa na capital, motivando campanhas como a lançada na semana passada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), intitulada S.O.S. Emergência Pediátrica.

Porém, a lotação deste domingo no Fêmina não é causada pelo crescimento de pacientes com problemas respiratórios, e sim pelo número elevado de gestantes necessitando de atendimento, especialmente em trabalho de parto.