O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou uma coroa de flores com os dizeres “tributo à democracia” ao velório, que ocorre neste domingo, do general da reserva Newton Cruz, no Rio de Janeiro (RJ).
O militar, que chefiou o extinto SNI (Agência Central do Serviço Nacional de Informações) durante a ditadura militar, morreu aos 97 anos, de causas naturais, na sexta-feira. Cruz havia sido internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, na zona Norte da capital fluminense.
O general ficou à frente do SNI entre 1977 e 1983. O órgão, que era considerado um instrumento de repressão da ditadura militar, perseguia e espionava jornalistas e opositores ao regime.
Enquanto Newton Cruz era chefe do SNI, a ditadura matou o jornalista Alexandre von Baumgarten, em outubro de 1982. Meses antes da morte, o comunicador havia escrito um dossiê no qual revelava um suposto caso de esquema de lavagem de dinheiro entre empresas privadas e o SNI. No documento, Baumgarten dizia ter sido jurado de morte pelo general.
Cruz sempre negou envolvimento na morte do jornalista, mas dizia saber a identidade de quem o assassinou, embora nunca tenha revelado o nome. Cruz chegou a ser indiciado pela Polícia Civil, mas acabou absolvido em júri popular.
Presidente em estádio
De folga em São Paulo, Bolsonaro assistiu ao jogo de futebol entre Santos e Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro. A partida começou às 11h na Vila Belmiro, estádio do time paulista — parte da torcida aplaudiu e outra vaiou o chefe do Executivo.
O R7 procurou o Palácio do Planalto, que preferiu não se pronunciar.
