Moradora de Cruz Alta é a primeira paciente diagnosticada com “Deltacron” no Brasil

Secretaria Estadual da Saúde confirmou informação na tarde deste sábado

Foto: Daniel Roberts/Pixabay

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, neste sábado, o primeiro caso de recombinação entre as variantes Delta e Ômicron do coronavírus. A paciente, uma moradora de Cruz Alta, contraiu duas cepas diferentes do vírus em fevereiro. Este também é a primeira ocorrência confirmada do tipo no Brasil.

Isso porque, em março, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga recuou após afirmar que dois casos do tipo haviam ocorrido no Norte do país. Na prática, o encontro de linhagens diferentes do vírus resulta em troca de material genético. A “Deltacron”, como é chamada, está na lista de monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A paciente em questão não tinha histórico de viagem. “Seguimos monitorando pois não é possível afirmar se esta combinação é mais transmissível ou os efeitos causados, mas é importante reforçar a importância de hábitos de higienização”, explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Cynthia Molina Bastos.

A Deltacron surgiu pela primeira vez na Europa, com casos na França, Holanda e Dinamarca. Ela é estudada há pelo menos um mês por cientistas de todo o mundo. Até o momento, a recombinação não é considerada como fator de preocupação em relação à novas ondas da Covid-19 e, tampouco, ampliação das restrições.