Anvisa pede mais informações sobre Coronavac pediátrica

Em março, Butantan solicitou a inclusão do uso da vacina contra a Covid-19 em crianças de três a cinco anos de idade

Foto: Instituto Butantan/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu ao Instituto Butantan, nessa quinta-feira, mais informações sobre o uso pediátrico da Coronavac. Em 12 de março, o Butantan solicitou a inclusão do uso da vacina em crianças de três a cinco anos de idade no Plano Nacional de Vacinação.

Segundo a Anvisa, os dados fornecidos são insuficientes para conclusão da análise. Por isso, a agência enviou um ofício ao Butantan pedindo informações complementares. A imunização infantil em menores de cinco anos ainda não é permitida no Brasil.

Dentre as informações solicitadas, a Anvisa quer dados que demonstrem qual é a proteção conferida pela vacina Coronavac em crianças dessa faixa etária, entre dois e três meses após a imunização completa com o esquema primário de duas doses, em um cenário de predominância da variante Ômicron.

A Anvisa que verificar também o protocolo de estudo clínico para a avaliação de imunogenicidade e segurança da terceira dose ou dose de reforço da Coronavac na população pediátrica de todas as idades.

Adolescentes de 6 a 17 anos já recebem as doses 
A CoronaVac recebeu, em janeiro de 2022, aval da Anvisa para ser usada em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade. A vacina é a mesma aplicada em adultos, incluindo a dosagem, a rotulagem e o intervalo entre as doses. No entanto, diferente do que é permitido à população maior de idade, a agência não recomenda que o imunizante contra a Covid-19 seja aplicado de forma simultânea a outras vacinas de rotina infantil.

A orientação da Anvisa é aguardar um intervalo de 14 dias entre a aplicação da CoronaVac e a de outras vacinas previstas no calendário de imunização infantil. “Com os dados disponibilizados até o momento, não é recomendado aplicar vacina contra a Covid-19 com outra vacina do calendário no mesmo dia”, afirmou a gerente de Farmacovigilância da agência, Helaine Caputo.