Leilão da ANP de blocos para exploração de petróleo arrecada R$ 422 milhões

Crédito: Divulgação/ANP

O leilão do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), deixou um saldo de R$ 422,4 milhões para o governo, ágio de 854,8%, na venda de 59 dos 379 blocos ofertados. Os investimentos totais previstos são de R$ 406,2 milhões nas áreas vendidas.

Na disputa, pela segunda vez a bacia de Pelotas foi a única que não atraiu interessados para nenhum dos blocos ofertados. Grandes petroleiras compraram blocos sob o regime de concessão na bacia de Santos, como Shell, Ecopetrol e TotalEnergies, totalizando 14 empresas. A Petrobras não participou do certame.

“A bacia de Pelotas vem sendo colocada à disposição do mercado há algum tempo. Agora, houve a manifestação de interesse por parte do mercado, mesmo sem proposta efetiva”, afirmou Rafael Bastos, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Para ele, isso  mostra que o mercado está atento. “A exploração é dinâmica e evolui ao longo do tempo com as novas informações que vão sendo obtidas”, acrescentou.

Ao todo, foram oferecidos 379 blocos de 14 áreas de bacias marítimas e terrestres. Ou seja, apenas pouco mais de 15% dos blocos ofertados atraíram interessados. O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, destacou a presença de empresas brasileiras na disputa. Segundo ele, são empresas que se consolidaram como produtoras de petróleo e gás natural e que, agora, buscam investir em exploração, atividade de maior risco e de maior oportunidade de retorno. Recentemente, disse o ministro, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a inclusão de mais 11 áreas no polígono do pré-sal até o final do ano, no sistema de oferta permanente.

Albuquerque acrescentou que, nas próximas semanas, o governo vai iniciar as reuniões de grupos de trabalho criados pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) envolvendo órgãos governamentais de energia e de meio ambiente, com a participação de indústria, para propor medidas que melhorem o planejamento do processo de oferta de áreas e de licenciamento ambiental.