Deputados do União Brasil querem Luciano Bivar como candidato à Presidência

"É o nome que nos une", disse Elmar Nascimento (BA); ex-juiz fica de lado e pode concorrer ao Congresso

Luciano Bivar. Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados indicou Luciano Bivar para ser pré-candidato à presidência da República pelo partido, que recentemente filiou o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), formalizou o anúncio nesta terça-feira.

Em pronunciamento, Nascimento ressaltou que na próxima quinta-feira, às 10h, uma reunião da Executiva deve deliberar e oficializar o anúncio. “É um nome que nos une [de Bivar], e que entendemos que tem todas as qualificações para liderar, não só o nosso partido, mas todo do centro democrático.”

Elmar tinha defendido, recentemente, ao JR Entrevista, da Record TV, a candidatura de Luciano Bivar para a Presidência em vez da do ex-ministro.

Sergio Moro
Lideranças do União Brasil seguem tentando convencer Sergio Moro a ser candidato a deputado federal. Reservadamente, fontes do partido dizem que esse é o único espaço possível para o recém-filiado.

Paranaenses, Moro e a esposa, a advogada Rosângela, mudaram o domicílio eleitoral para São Paulo. A ideia do casal era ter o ex-ministro disputando a Presidência e a Rosângela Moro concorrendo a uma vaga na Câmara.

Com Moro na corrida por uma vaga de deputado, o União Brasil espera um puxador de votos, promovendo o aumento da bancada em 2023. Como já era esperado, a nova sigla, fruto da fusão do DEM com o PSL, perdeu parlamentares na janela partidária. Com isso, a fatia de recursos do fundo partidário, proporcional ao tamanho de cada bancada na Câmara, também encolheu.

Uma eventual disputa à Presidência, com Moro à frente da chapa, enfrenta, ainda, a resistência de governadores que vão tentar a reeleição e preferem ter a imagem associada a outros candidatos, mesmo sem apoio formal. É o caso de Ronaldo Caiado, em Goiás, alinhado a Bolsonaro, e ACM Neto, na Bahia, alinhado a Lula. Para esses e outros pré-candidatos, subir no palanque de Moro pode trazer mais prejuízo do que vantagem.