Porto Alegre: Secretaria de Parcerias não vê condições para que Anfiteatro Pôr do Sol seja mantido

Estrutura, entregue em 2000, ocupa local privilegiado no trecho 2 da Orla do Guaíba

Em 2020, parte do espaço chegou a pegar fogo. Foto: Brenda Fernández/Correio do Povo

Desativado há quase três anos, mas localizado em um ponto estratégico do trecho 2 da Orla do Guaíba – o próximo a ser revitalizado -, o Anfiteatro Pôr do Sol pode deixar de existir em Porto Alegre. Em entrevista à Rádio Guaíba, nesta segunda-feira, a titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini, negou que o futuro da estrutura esteja definido, mas disse não ver condições para que uma reforma do complexo seja incorporada ao edital de revitalização. De acordo com ela, o anfiteatro, entregue à população em maio de 2000, está “muito danificado”. Devido à falta de manutenção, o local teve reprovado o plano de proteção e controle contra incêndios (PPCI) e deixou de operar em 2019.

“Nós estamos aguardando as propostas de dois consórcios que se ofereceram para estudar a área, propondo alternativas junto com uma marina pública. Então nós não podemos dizer se o Anfiteatro Pôr do Sol será reposto no mesmo modelo que hoje ele tem, ou se será proposta uma nova estrutura para um centro de eventos do mesmo tipo”, detalhou Ana Pellini. De acordo com a secretária, o trecho 2 da orla vai ter como “vocação” a realização de eventos, shows, festas e feiras de gastronomia, por exemplo.

O prazo para os estudos de modelagem econômica se encerrou nesse domingo, mas a Prefeitura e os consórcios avaliaram ser melhor estender esse período até 10 de julho. Ainda sobre o Anfiteatro, Ana Pellini disse que é prematuro determinar o futuro do espaço. “Temos que aguardar o resultado dessa licitação que lançamos, cujo prazo se encerra em 90 dias, para então definirmos que será feito”, reiterou.

O melhor estudo – de engenharia, arquitetura e impacto urbanístico – vai embasar a implantação da marina, podendo, ainda, sugerir a construção de outros “carros-chefes” entre os atrativos do trecho 2. O objetivo é dar maior visibilidade turística à capital. Com 134,4 mil metros quadrados e 850 metros de extensão, o terreno ainda não revitalizado fica localizado entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio.

Degradado e atualmente utilizado, nas imedições, como ponto de tráfico e para encontros sexuais, o Anfiteatro Por do Sol recebeu em maio de 2019 o festival VillaMix, último evento realizado no local. Em 2020, parte da estrutura, já abandonada, chegou a pegar fogo.