Espera por atendimento na Emergência Pediátrica do HCPA pode chegar a quatro horas

Situação é decorrente do fechamento de vagas e chegada antecipada das doenças de inverno

Foto: Luciano Lanes/Arquivo/PMPA

A situação das emergências pediátricas de Porto Alegre, que chegou a motivar reuniões entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e dirigentes dos hospitais da Capital, segue crítica neste sábado (9). Segundo dados da prefeitura, a cidade conta com 54 vagas do tipo no Sistema Único de Saúde (SUS) e 62 pacientes internados.

A superlotação, na ordem de 12%, é decorrente do panorama identificado em duas casas de saúde: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que tem 26 pacientes para nove leitos (288% de lotação), e o Hospital da Restinga e Extremo Sul (HRES), que possui seis vagas e 16 crianças em atendimento (266% de lotação).

Na sexta, ambas instituições emitiram comunicados informando o início das restrições no atendimento. Segundo a direção dos hospitais, todos os pacientes são acolhidos, mas aqueles classificados com grau de risco leve têm de esperar um tempo muito acima do normal. No HCPA, pode chegar a quatro horas.

“Isso está acontecendo por dois motivos. O primeiro é a chegada antecipada das doenças de inverno. O segundo é o fechamento, durante a pandemia, de duas emergências, no Hospital da PUCRS e no Hospital Santo Antônio”, explica a chefe Serviço de Emergência e Medicina Intensiva Pediátrica do Hospital de Clínicas, Patrícia Miranda Lago.

Quando e onde buscar atendimento

Pais e responsáveis devem levar as crianças a uma emergência quando ela apresentar febre acima de 38 graus, febre prolongada, alteração de comportamento (cansaço), falta de ar e crises de tosse. Já as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Pronto-Atendimentos recebem os pequenos que tiveram um pico único de febre e estão se alimentando.

“Essas crianças precisam ser vistas por médicos pediatras, mas em um local de menor complexidade. Assim, conseguimos atender com mais qualidade as que precisam mais. E tem muitas nos procurando. Quando falamos em restrição, não significa desassistência. Mas o tempo de espera para essas crianças é muito longo”, ressalta Lago.

Os endereços das unidades de atenção primária podem ser consultados no site da SMS.