O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tiveram uma reunião nesta quarta-feira para discutir a possibilidade de formarem uma aliança nas eleições presidenciais deste ano. Nesta semana, Leite cogitou ser o vice na chapa de Tebet, que é pré-candidata do MDB ao Palácio do Planalto. De acordo com o ex-governador, o encontro desta quarta buscou alinhar a agenda que ambos pretendem apresentar ao eleitorado.
“A gente tem que discutir um projeto próprio, a agenda, onde a gente converge, quais são as pautas que têm que ser trazidas. No momento certo, os partidos vão entender, sob a liderança dos presidentes, quem é que vai capitanear esse projeto para poder ajudar a furar uma polarização que é excludente, divide o país e não permite que a gente se desprenda do passado e de um presente ruins em favor de um futuro”, disse Leite, à imprensa.
Em novembro do ano passado, Leite disputou contra o ex-governador de São Paulo João Doria e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto as prévias do PSDB que definiram o candidato do partido na eleição presidencial. Doria venceu, mas a candidatura dele ainda não é certa, já que não deslanchou em pesquisas eleitorais até o momento.
Dessa forma, o nome de Leite ainda é cogitado dentro do PSDB. Contudo, como os tucanos ainda não bateram o martelo, o ex-governador começou a ter reuniões com possíveis candidatos ao Planalto, como Tebet e o ex-juiz Sergio Moro.
“É sempre importante que a gente trabalhe sobre o projeto, antes das pessoas. Porque, se não houver convergência de projeto, qual é a agenda que nos une, na qual nós temos convergência, fica difícil promover união em torno das pessoas”, comentou.
“Qual é a agenda para economia, qual é a agenda para combater a inflação, para gerar emprego, para o país retomar credibilidade, qual é a agenda do meio ambiente? O que as candidaturas têm? Convergimos? Bom, então vamos entender quem é que melhor pode capitanear esse projeto comum”, acrescentou.
De todo modo, Leite frisou que qualquer decisão cabe aos dirigentes das legendas – além do PSDB e do MDB, o União Brasil e o Cidadania discutem se unir em uma terceira via com chapa única. “Nós estamos conversando, mas a definição não é nossa. É dos nossos partidos, é das lideranças políticas. A gente vai buscar esse entendimento”, observou Leite.