A economia do Rio Grande do Sul terá a circulação de R$ 4,792 bilhões vindos da antecipação do 13º salário dos aposentados e pensionistas, e R$ 2,072 bilhões resultantes dos saques das contas do FGTS, valor que pode superar os R$ 6,8 bilhões até o fim do ano. A estimativa é da assessoria econômica da CDL POA, e tem como base o Programa Renda e Oportunidade (PRO) lançado pelo governo Federal.
Para o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, esse valor não será necessariamente injetado na economia em termos de bens e serviços. Para ele, a disponibilidade de liquidez é bem-vinda, ainda mais diante das adversidades existentes no cenário, marcado por inflação e juros elevados e alta taxa de desemprego.
“A formação de poupança ou a destinação dos recursos para a quitação de dívidas passadas não impactam diretamente no PIB, embora possam abrir espaço, no futuro, para a aquisição de mercadorias e a tomada de novos créditos”, pondera Frank.
Entre os anúncios feitos pelo governo Federal estão o adiantamento do 13º salário de aposentados e pensionistas beneficiários do INSS para as folhas de abril e maio – recursos que seriam depositados apenas no segundo semestre, entre agosto e novembro. Além disso, a autorização para que cerca de 40 milhões de trabalhadores da iniciativa privada retirem até R$ 1.000 de suas contas vinculadas junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que poderão ser sacados até dezembro.
Conforme com o Ministério da Economia, o adiantamento do 13º dos aposentados promove a circulação de R$ 56,7 bilhões para o território nacional. Já os saques do FGTS podem movimentar até R$ 30 bilhões em âmbito nacional.