Secretaria da Saúde de Porto Alegre orienta moradores sobre o Dia D contra Dengue

Agentes devem portar crachá de identificação e colete. Duplas também estarão acompanhadas de soldados do Comando Militar do Sul

Foto: Cristine Rochol / PMPA

O Dia D contra a Dengue, que ocorre neste sábado, em Porto Alegre, levanta dúvidas entre moradores que temem abrir as residências para os agentes de Saúde. Trinta e um bairros (confira a lista abaixo) receberão os servidores. O objetivo é alertar os moradores quanto à importância de evitar focos de água parada, criadouro do mosquito Aedes Aegypti. A diretora adjunta de vigilância em saúde da capital, Fernanda Fernandes, alerta que todos os agentes devem estar portando crachá de identificação e colete. As duplas também estarão acompanhadas de soldados do Comando Militar do Sul.

“Os outros profissionais que estarão nos auxiliando, os que são acadêmicos da universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e, ainda, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), estarão acompanhados de um servidor da Vigilância Sanitária ou da Secretária Municipal de Saúde. Nós montamos essa logística pensando justamente nisso, para gerar mais segurança à população na hora de identificar as nossas equipes”, esclarece Fernanda.

As ações do chamado Dia D contra a Dengue fazem parte do calendário da força-tarefa criada pela prefeitura em função do número recorde de casos da doença, a maioria sem que os pacientes tenham viajado. Para evitar que essas estatísticas aumentem, é importante que os moradores recebam as equipes para que possam revisar os pátios, retirando possíveis criadouros do mosquito.

Entre 2 de janeiro e esta sexta, foram notificados 955 casos suspeitos da dengue entre moradores de Porto Alegre. Desses, 584 foram confirmados, sendo 569 contraídos na cidade. O Aedes, mosquito vetor da dengue, também transmite o zika vírus e a febre chikungunya.

A diretora adjunta Fernanda Fernandes explica que já é possível concluir que existem ciclos que se repetem, geralmente a cada três anos, em que os casos da doença crescem de forma expressiva no Rio Grande do Sul. “Quando há o registro do fenômeno La Niña, mais precisamente em decorrência das fortes chuvas associados ao período, é registrado um aumento dos casos da dengue. O último ano em que registramos algo assim foi em 2019, quando tivemos 467 casos reportados. Neste ano já batemos essa recorde, com 584 casos da doença até ontem”, compara. Ela ainda alerta que os ovos dos mosquitos podem ficar até 500 dias preservados – ou seja, de um ano para o outro.

Os sintomas mais comuns de dengue incluem febre alta de início súbito, com duração máxima de sete dias, e ao menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos e prostração. No surgimento desses sintomas, é importante procurar atendimento em um serviço de saúde para avaliação.

Confira a lista dos bairros que recebem, no sábado, o Dia D:

Aberta dos Morros, Agronomia, Auxiliadora, Bela Vista, Bom Jesus, Camaquã, Chácara das Pedras, Cidade Baixa, Cristo Redentor, Floresta, Higienópolis, Hípica, Ipanema, Independência, Jardim Botânico, Jardim Carvalho, Jardim Sabará, Jardim Floresta, Jardim Isabel, Menino Deus, Moinhos de Vento, Mont’Serrat, Partenon, Passo d’Areia, Petrópolis, Pedra Redonda, Rio Branco, Santa Cecília, Santana, São João, Vila Ipiranga e Vila Jardim.