A produção da indústria brasileira registrou um aumento de 0,7% em fevereiro, recuperando parte o recuo de 2,2% verificado entre os meses de dezembro e janeiro. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (01), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa também revela que a indústria já acumula altas dBlog e 0,4% no trimestre e 2,8% em 12 meses. Na comparação com fevereiro de 2021, a produção caiu 4,3%, enquanto o acumulado do ano tem perda de 5,8%. O desempenho de fevereiro alcançou 16 dos 26 ramos pesquisados, com destaque para indústrias extrativas (5,3%) e produtos alimentícios (2,4%).
Com os números divulgados nesta sexta-feira, 1º de abril, 1º de abril, o patamar de produção estava 2,6% inferior ao de fevereiro de 2020, dois anos antes e último mês sem impacto da crise sanitária no país. O nível da produção da indústria também se encontra 18,9% abaixo do nível recorde da pesquisa, alcançado em maio de 2011.
Apesar do resultado, o desempenho do setor se mantém abaixo do desempenho anterior ao início da pandemia, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF) publicada pelo IBGE nesta sexta-feira. A pesquisa também revela que a indústria já acumula altas de 0,4% no trimestre e 2,8% em 12 meses.
DESEMPENHO SETORIAL
As indústrias extrativas voltaram a crescer após recuar 5,1% no mês anterior por conta do maior volume de chuvas que atingiram Minas Gerais naquele mês. Já produtos alimentícios tiveram o quarto mês seguido de avanço na produção, acumulando nesse período ganho de 14,0%.Outras contribuições positivas foram registradas em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,2%), metalurgia (3,3%), bebidas (4,1%), outros equipamentos de transporte (15,1%) e produtos de borracha e de material plástico (2,9%).
Entretanto, entre as dez atividades que tiveram redução na produção, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,4%) exerceram os principais impactos em fevereiro. A primeira eliminou parte do crescimento de 3,1% registrado em janeiro. E a última intensificou a queda verificada no mês anterior (-1,8%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,9%), bens intermediários (1,6%) e bens de consumo semi e não-duráveis (1,5%) tiveram as taxas positivas mais acentuadas em fevereiro de 2022. Com esses resultados, as duas primeiras voltaram a crescer após recuarem -8,8% e -1,3%, respectivamente em janeiro. A última marcou o quarto mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 3,9%.
O setor produtor de bens de consumo duráveis (0,5%) também mostrou avanço nesse mês, mas abaixo da média da indústria (0,7%). Vale destacar que esse segmento recuou 11,7% em janeiro de 2022 e eliminou parte da expansão de 18,6% registrada nos dois últimos meses de 2021.