A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou, na manhã desta quinta-feira (31), a prisão de mais duas pessoas envolvidas no “Golpe do Cartão Clonado”, ou “Golpe do Motoboy”. Segundo a investigação, os indivíduos moram em São Paulo e fazem vítimas na Região Central do território gaúcho – especialmente na cidade de Santa Maria.
A ação é um desdobramento da Operação Locusta, deflagrada na terça-feira, que já havia detido 14 suspeitos. Desta vez, foram presos um homem de 23 anos e a sua companheira, de 33. Eles são considerados os líderes da organização criminosa e viviam em uma casa de alto padrão em Itanhaém, no interior de São Paulo.
O homem tentou fugir da abordagem dos policiais, jogou notebooks pela janela e pulou do segundo andar da casa. Ele possui antecedentes pelos crimes de estelionato e organização criminosa, e foi encaminhado para a Cadeia Anexa de Peruíbe. Já a mulher, com passagens pelos mesmos delitos, foi para a Cadeia Anexa de São Vicente.
Ao todo, foram apreendidos na residência três notebooks, quatro telefones celulares, R$ 2,6 mil em espécie e apetrechos usados na central telefônica que facilitava a aplicação do golpe. O grupo teria feito ao menos 60 vítimas no Rio Grande do Sul, lucrando mais de R$ 1,5 milhão com o esquema.
Como funciona o golpe
O “Golpe do Cartão Clonado” consiste, basicamente, no envio de um suposto funcionário do banco para buscar cartões das vítimas para averiguação. Os suspeitos, então, clonam o documento e fazem saques em nome das vítimas. A prática cresceu durante a pandemia e ganhou contornos sofisticados, como o uso de softwares para simular músicas de espera.