Moro desiste de candidatura à Presidência da República

Ex-ministro se filiou ao União Brasil nesta quinta-feira, mas cúpula do partido não concordou com pré-candidatura presidencial

Mandato de Sergio Moro será julgado pelo TSE. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

O ex-juiz Sergio Moro anunciou que desistiu da candidatura à Presidência da República. Moro assinou, na tarde desta quinta-feira, a filiação ao União Brasil e, com isso, deixa o Podemos. Apesar da mudança, ele ainda não decidiu a qual cargo vai concorrer nas eleições deste ano. A expectativa é que a definição saia até julho.

Antes do anúncio do ex-ministro, membros da cúpula do União Brasil já haviam afirmado, em um comunicado nesta quinta, que Sergio Moro, recém-filiado à legenda, não deve ser o nome do partido nas eleições presidenciais deste ano.

No texto, o partido esclarece que o ingresso de Moro ao União Brasil “não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”. “Caso seja do interesse de Moro construir uma candidatura em São Paulo pela legenda, o ex-ministro será muito bem-vindo. Mas, neste momento, não há hipótese de concordarmos com sua pré-candidatura presidencial pelo partido”, cita o comunicado.

Assinaram o posicionamento do União Brasil o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, secretário-geral do partido, e mais sete integrantes da Comissão Instituidora da legenda. Nele, a sigla reconhece que a chegada de Moro pode ser importante.

“Nós, membros da Comissão Instituidora do União Brasil, reconhecemos a importância e respeitamos a trajetória na vida pública do ex-ministro Sergio Moro. Entendemos, também, que Moro pode contribuir muito para o debate político nacional”, completa o União Brasil.

Filiação

Em novembro do ano passado, Moro filiou-se ao Podemos, e chegou a ser lançado como pré-candidato à Presidência. Os números dele, contudo, não evoluíram nas pesquisas como se previa e a situação no partido ficou mais complicada.

Com isso, o União Brasil conseguiu convencer Moro a se filiar à sigla. Como o partido se formou a partir da fusão do DEM com o PSL, vai ter grande volume de recursos e capacidade de investir na candidatura do ex-ministro para qualquer que seja o cargo definido.