Doria renuncia ao governo de São Paulo para disputar a Presidência

Anúncio se deu, nesta quinta-feira, em meio à incerteza em torno de quem representa o PSDB no pleito de outubro

Foto: Valter Campanato / ABr / Divulgação

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou nesta quinta-feira a renúncia ao cargo para concorrer à Presidência da República em outubro. O anúncio ocorreu em meio à incerteza em torno do representante do partido na disputa ao Palácio do Planalto. Nos últimos dias, o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, havia ganhado força, embora o gaúcho tenha sido derrotado pelo paulista em um processo interno de prévias, em novembro do ano passado.

Mais cedo, Doria surpreendeu aliados e auxiliares ao comunicar que havia desistido de concorrer ao cargo de chefe do Executivo nacional, fato que entrou nos temas mais comentados nas redes sociais, na manhã desta quinta. O anúncio chegou a pegar de surpresa o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que pediu demissão da Secretaria de Governo.

O governador só voltou atrás após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, confirmar que Doria vai ser o nome do PSDB na corrida ao Planalto. Uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, nesta tarde, selou a saída de Doria do governo de São Paulo e a confirmação de que ele concorre à Presidência.

De olho na disputa, Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul e anunciou recentemente a permanência no PSDB, chegou a costurar uma aliança para ser o candidato da legenda à Presidência, podendo se valer da federação entre o partido e o Cidadania para ser o novo escolhido.

Vitória em 2018
João Doria assumiu o governo de São Paulo em 1º de janeiro de 2019 após derrotar o então governador Márcio França no segundo turno das eleições, em 2018. O tucano, ex-prefeito da capital, já havia sido o candidato mais votado na primeira etapa da disputa. Com 100% das urnas apuradas, Doria teve 10.990.350 votos (51,75%).