O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) referente ao mês de março chega a 1,74%, acumulando alta de 5,49% no ano e de 14,77% em 12 meses. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 30, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Conforme o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, nesta apuração, os combustíveis começaram a influenciar os resultados da inflação ao produtor e ao consumidor.
Os preços do trigo (de 1,69% para 4,90%), da farinha de trigo (de 2,68% para 6,25%) e dos pães e bolos industrializados (de 1,11% para 1,20%) também começaram a registrar aceleração no índice ao produtor. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,07% em março, após avançar 2,36% em fevereiro.
A taxa do grupo Bens Finais variou 2,75% em março, contra 1,21% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados ( -0,08% para 2,49%). A taxa do grupo Bens Intermediários foi de 1,50% em fevereiro para 2,06% de aumento um mês depois. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 5,40% para 8,02%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 1,53% em março, contra 4,16% um mês antes. Contribuíram para o abrandamento da taxa do grupo os itens minério de ferro (5,49% para -1,21%), milho em grão (7,92% para 2,48%) e café em grão (2,26% para -6,65%). Em sentido oposto, destacam-se os itens suínos (-11,06% para 10,05%), leite in natura (-0,65% para 3,30%) e arroz em casca (2,10% para 10,60%).
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou incremento de 0,86% em março, ante 0,33% um mês antes. Das oito classes de despesa, a principal contribuição partiu do grupo Transportes (0,26% para 1,15%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina cuja taxa passou de queda de 0,89% em fevereiro para acréscimo de 1,36% em março.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (1,08% para 1,73%), Habitação (0,13% para 0,75%), Vestuário (0,20% para 0,91%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,05% para 0,17%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,26%). Houve mudança de rumo em Educação, Leitura e Recreação (-0,10% para 0,44%), assim como em Comunicação (0,38% para -0,12%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,73% em março, ante 0,48% em fevereiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,56% para 0,29%), Serviços (1,69% para 0,79%) e Mão de Obra (0,19% para 1,12%).