O deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ) se recusou a atender um delegado da Polícia Federal que compareceu à Câmara, nesta quarta-feira, para tentar cumprir a determinação judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o parlamentar passe a utilizar tornozeleira eletrônica imediatamente.
Desde o início desta tarde, Silveira está no plenário da Câmara para evitar qualquer tipo de abordagem da corporação. Regras internas proíbem o acesso ao plenário de órgãos policiais que não trabalhem no Congresso. Para que isso aconteça, é necessária uma autorização do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) que nesta quarta disse que o plenário da Câmara é “inviolável”.
De todo modo, um funcionário da Câmara apresentou a Silveira o ofício do delegado da PF a respeito da ordem para a colocação da tornozeleira. Ele negou assinar o documento e disse que não vai se submeter a nenhuma intimação da corporação.
“Ele não assinou e nem vai assinar. Se o fizesse, estaria se submetendo a uma decisão inconstitucional emitida pelo Alexandre de Moraes”, disse ao portal R7 a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que desde a noite de terça-feira acompanha Silveira no Congresso. O deputado decidiu permanecer nas dependências da Câmara como uma tentativa de driblar a Polícia Federal. Na terça, cogitou até dormir no plenário da Casa, mas decidiu passar a noite dentro do gabinete.