“Construção conjunta com Ranolfo”, declara Leite sobre quem assume SSP

Eduardo Leite entrega o cargo ao vice, nesta quinta-feira. Com isso, Ranolfo Vieira Junior deixa a Pasta. Chefia de Polícia também fica vaga com saída da delegada Nadine Anflor

Foto: Maicon Hinrichsen / Palácio Piratini / Divulgação

Em evento realizado no Palácio Piratini, na noite desta quarta-feira, o governador Eduardo Leite disse que a definição sobre os novos titulares da Secretaria da Segurança Pública e da Chefia de Polícia do Rio Grande do Sul vai ser feita em conjunto com o atual vice-governador, Ranolfo Vieira Junior. O delegado de Polícia assume o comando do Palácio Piratini nesta quinta. Desde o início do governo, Ranolfo acumulou as funções de vice e de secretário da Segurança.

A atual chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, também deixa o cargo à disposição para “contribuir em outros projetos”, conforme afirmou, em entrevista à Rádio Guaíba, nessa terça-feira. Especula-se que a delegada deva concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Leite reforçou a parceria com o vice e salientou a expertise de Ranolfo na área da segurança. “Ranolfo e eu estamos cuidando disso juntos. Alguns nomes já foram levantados pelo próprio Ranolfo, que conhece a área, então eu já dei o assentimento de minha parte, uma vez que nós somos sócios de um projeto [referindo-se ao governo]. Mas claro que será ele, efetivamente como governador, o incumbido de fazer os convites e coordenar esse processo”, afirmou Leite.

Paralisação de servidores

Pressionando por reajuste, servidores da Segurança Pública fazem nesta quinta-feira o segundo dia de paralisação na semana. Assim como na terça passada, o atendimento fica restrito ao registro de crimes graves, prisões em flagrante, demandas urgentes do sistema prisional e liberação de cadáveres.

Entre as reivindicações, os servidores pedem o reconhecimento da essencialidade das carreiras e a reposição das perdas salariais acumuladas com a inflação. O reajuste mais recente ocorreu em 2018.

Questionado sobre o assunto, Eduardo Leite afirmou que a manifestação dos servidores é legitima, e explicou que vai ser respeitada, desde que ela também respeite a legislação.