Servidores da Segurança Pública voltam a protestar em Porto Alegre por reposição salarial

Profissionais seguem concentrados, até o meio-dia, no Palácio da Polícia

Mobilização prevê uma caminhada até a Assembleia Legislativa. Foto: Miguel Noronha/Sinpol-RS

Os servidores de diversos órgãos da segurança pública, dentre os quais policiais civis e peritos, protestam em Porto Alegre na manhã desta terça-feira (29). Segundo as entidades de classe que integram a mobilização, os profissionais seguem concentrados em frente ao Palácio da Polícia, no bairro Santana, até o início da tarde – quando está prevista uma carreata até a Assembleia Legislativa, no Centro Histórico.

O protesto integra a paralisação da categoria, que se repetirá na quinta-feira. Nesses dias, o atendimento é restrito ao registro de crimes graves, prisões em flagrante, demandas urgentes do sistema prisional e liberação de cadáveres. Dentre as reivindicações estão o reconhecimento da essencialidade das carreiras e a reposição das perdas salariais acumuladas com a inflação. O último reajuste ocorreu há três anos.

“O que nós queremos é dialogar com a sociedade, já que o governo não tem dialogado com os homens e mulheres da Segurança Pública. Caso o governo não se disponha a atender às nossas demandas, na sexta-feira devemos fazer mais uma reunião onde tomaremos medidas bem mais fortes”, afirma o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP/RS), delegado Fernando Soares.

Reforço

Parte dos agentes das forças de segurança que, por lei, não podem interromper os trabalhos – como é o caso da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros – apoiam a mobilização. Lideranças sindicais desses grupos participaram da reunião que definiu a agenda da paralisação, na segunda-feira, na Capital. Elas também assinaram a nota oficial do colegiado das entidades.