Número de linhas sem cobrador em Porto Alegre chega a 17%

Até o fim do ano, meta é que 25% da frota porto-alegrense esteja sem os colaboradores

Foto: Cesar Lopes / PMPA

Mais de 17% das linhas de ônibus de Porto Alegre já atendem sem cobradores. São 50 linhas, sendo 42 em dias úteis, de um total de 244, atuando dessa forma. As últimas 23 entraram em operação nesta segunda-feira. Até o fim do ano, a meta é de que 25% da frota porto-alegrense esteja sem cobrador, objetivo que deve ser atingido, visto que mais da metade do esperado dos ônibus já circula sem esses colaboradores.

Entre as novas linhas sem cobrador, Petrópolis PUC, Icaraí/Menino Deus, Iguatemi, 1º de Maio e São Manoel. Segundo a prefeitura, segue sendo adotado o critério da escolha de linhas que transportem menos passageiros por viagem e com menor número de pagantes em dinheiro.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Porto Alegre, Sandro Abbade, admite que as empresas de transporte coletivo da capital vêm cumprindo com o prometido aos cobradores. “Essa parte para nós não tem sido um problema, pois empresas estão oferecendo os cursos e alguns já foram promovidos a motorista”, relata. De acordo com ele, o sindicato ainda não dispõe do levantamento do número de profissionais demitido após a sanção da nova lei, mas já solicitou aos diretores que façam a apuração. “Devemos ter esses dados até o final da semana”, garante.

Conforme a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), não foram registradas ocorrências em razão do início da circulação de novo lote de linhas sem cobrador. A empresa salienta a importância da utilização do Cartão TRI para auxiliar no procedimento de embarque.

A retirada da obrigatoriedade de cobradores é uma das medidas para tentar recuperar o sistema de transporte público em Porto Alegre. A mão de obra representa 45% do custo da operação.

A retirada dos cobradores vai seguir sendo gradual, até que a função seja extinta, até o fim de 2025. Em relação à tarifa atual, de R$ 4,80 (há dois anos sem reajuste), a estimativa é que a medida reduza esse valor em R$ 0,71.