O ministro da Educação, Milton Ribeiro, já teve a exoneração publicada, nesta segunda-feira. Em edição extra do Diário Oficial da União, um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro confirma a demissão de Ribeiro. De acordo com o ato, a saída aconteceu a pedido do ministro. No lugar, assume o atual secretário-executivo do MEC, Victor Godoy Veiga. A tendência é de que ele fique à frente do ministério até o fim do ano.
Ribeiro deixa o MEC em meio às denúncias de um suposto esquema de tráfico de influência na pasta. Segundo acusações feitas por prefeitos, o agora ex-ministro permitia a dois pastores sem cargo público, Arilton Moura Correia e Gilmar Silva dos Santos, pedirem propina em troca da liberação de recursos do ministério aos municípios.
A Polícia Federal abriu dois inquéritos para apurar a situação. A corporação vai investigar se os religiosos influenciaram o envio de verba para municípios em troca de propina, se o ex-ministro da Educação sabia das irregularidades e se colaborou com elas.
Nesta segunda, Ribeiro teve uma reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto para acertar a saída do MEC. Ele entregou uma carta de demissão ao presidente. No documento, explicou que quer se concentrar na sua defesa e não interferir na investigação policial. Além disso, disse que vai provar inocência e, em breve, retornar ao comando do ministério.