Refugiados, mortes e destruição: as consequências de um mês de guerra na Ucrânia

Conflito no Leste Europeu teve graves consequências para a população ucraniana e abalou a relação entre países

Foto: Defense of Ukraine/Reprodução

guerra entre Rússia e Ucrânia completa um mês nesta quinta-feira. As imagens que rodam o mundo desde o dia 24 de fevereiro mostram a tentativa de milhões de ucranianos de fugir do país em meio aos confrontos militares e bombardeios. Autoridades dos dois lados envolvidos tentam semana após semana chegar a um acordo de cessar-fogo, mas as negociações não avançam.

A ONU estima que cerca de 3,5 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia por causa da guerra. O destino principal desses refugiados tem sido a Polônia, que recebeu mais de 2,1 milhões de pessoas. As Nações Unidas estimam ainda que pelo menos 10 milhões de pessoas estão desabrigadas no território ucraniano.

As crianças são a maioria entre as pessoas que estão cruzando a fronteira por causa da guerra. Segundo estimativa da Unicef, cerca de 2 milhões de meninos e meninas deixaram a Ucrânia. Outros 3,3 milhões tiveram que abandonar suas casas e fugiram com a família para outras regiões dentro do país.

Rússia e Ucrânia divergem no número de soldados mortos na guerra. Enquanto russos apontam poucas baixas, ucranianos divulgam milhares de mortes entre as tropas inimigas. A agência internacional Reuters divulgou que 19 mil pessoas foram mortas no conflito, entre civis e militares dos dois países. A ONU confirma a morte de 902 civis, mas ressalta que o número pode ser muito maior.

Os bombardeios russos e confrontos entre militares nas ruas da Ucrânia levaram ao ferimento de 1,9 mil pessoas, de acordo com a Reuters. A ONU, por sua vez, confirma 1,4 mil feridos, mas não descarta a possibilidade de subnotificação.

Pelo menos 1,7 mil edificações ucranianas foram destruídas no primeiro mês de guerra com a Rússia. Estima-se que os danos causados à infraestrutura do país pelos bombardeios chegue a R$ 584 bilhões. Na cidade de Mariupol, a prefeitura divulgou que oito em cada dez residências foram destruídas.