A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu investigação para apurar eventuais irregularidades na distribuição de verbas do Ministério da Educação. O alvo é a suposta prática de tráfico de influência por parte dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura junto ao ministro Milton Ribeiro, titular da pasta.
Uma notícia de fato apresentada à Procuradoria aponta que os religiosos faziam indicações de cidades ao ministério, para fins de distribuição de verbas do Fundo Nacional de Educação (FNDE). Em troca, pediam suposta propina de prefeitos para contemplar os municípios. O prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga, chegou a dizer que recebeu a cobrança de 1 kg de ouro para ter verba liberada.
Milton Ribeiro nega as acusações e dizendo que a liberação de valores do ministério seguiram critério técnico.
Na peça, a procuradora Luciana Loureiro detalha que as diligências terão como objetivo realizar “a apuração de supostas irregularidades no fluxo de liberação de verbas do FNDE, que não estaria atendendo a critérios técnicos, tampouco à ordem de prioridade de pagamentos antigos, já empenhados”.
Além da apuração sobre as irregularidades no repasse das verbas, uma outra ação deve ser aberta no órgão contra o ministro Milton Ribeiro por improbidade administrativa. A segunda apuração, encaminhada para a área competente, está em avaliação, podendo ser aberta nos próximos dias. O caso já é alvo de um inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).