Para tentar evitar convocação, Milton Ribeiro se coloca à disposição do Congresso

Ministro da Educação ligou para presidente da Comissão de Educação do Senado e para presidente da Câmara nesta quarta

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Em um movimento na tentativa de acalmar os ânimos e evitar mais desgastes, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, ligou nesta quarta-feira para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e para o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Na ocasião, o ministro disse ao senador que não há necessidade de aprovar requerimento algum na comissão, uma vez que ele está disponível para conversar.

Marcelo Castro já havia anunciado a intenção de colocar em votação, nesta quinta-feira, em reunião da comissão, um requerimento pedindo a convocação do ministro e outro requerimento de convite para que o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, preste esclarecimentos à comissão.

Ribeiro tenta evitar uma convocação, de caráter coercitivo, que o obrigue a comparecer ao Senado. Mesmo depois da conversa, o senador pretende colocar os dois requerimentos para apreciação da comissão. A ideia é aprovar os pedidos e definir a data para que o ministro vá ao Senado. Até o momento, fala-se em marcar uma oitiva de Ribeiro na Comissão de Educação na próxima terça-feira.

Polêmica envolvendo o ministro
Nessa terça, Castro disse considerar a nota divulgada pelo ministro como “insuficiente” diante das notícias divulgadas pela imprensa. Uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, no último dia 18, deu início a uma série de informações apontando para uma espécie de “gabinete paralelo” dentro do Ministério da Educação (MEC) formado por pastores que intermediavam reuniões de prefeitos em busca de recursos para os municípios. Dois pastores são citados: Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura.

Nessa segunda-feira, a Folha de S.Paulo divulgou um áudio no qual o ministro garante priorizar prefeituras que pedem liberação de recursos negociados pelo pastor Gilmar Santos, sem cargo no Executivo ou no Legislativo.

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