Chances de morte por coronavírus caem até 17 vezes em pessoas com dose de reforço

Secretaria da Saúde divulgou análise da relação entre a vacinação e as mortes pela doença

Foto: Mauro Schaefer/CP

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou, nesta semana, uma nova análise da relação entre a vacinação e as mortes pela Covid-19. Conforme o cálculo, um idoso com dose de reforço corre 17 vezes menos risco de óbito por coronavírus quando comparado ao indivíduo sem nenhuma dose.

Na população dos 40 aos 59 anos, essa proteção representou 14 vezes menos chances de morte para a pessoa com a dose de reforço em relação àquela não-vacinada.

Foram examinadas as informações de 2.168 óbitos em razão da Covid-19 com datas de início de sintomas entre 1º de janeiro e 12 de março deste ano. Nesse período, a faixa etária acima dos 40 anos representou 97% das mortes.

Os dados apontaram que o risco de óbito é expressivamente superior para os não-vacinados, observando-se que quanto mais completo o esquema vacinal, menor a mortalidade registrada.

Na população acima dos 60 anos, comparando com aquelas pessoas sem nenhuma dose, a taxa de mortalidade se mostrou três vezes menor para aquelas pessoas com esquema incompleto, apenas uma dose feita. Quem teve o esquema primário completo (duas doses ou dose única), esse risco é nove vezes menor.

Contudo, a dose de reforço é a que obtém a melhor relação da vacina com a resposta imunológica. Nesse período analisado, o idoso com dose de reforço teve 17 vezes menos risco de morte por coronavírus.

A proteção da vacina teve comportamento semelhante no grupo de 40 a 59 anos, o segundo com maior índice de mortes nos primeiros meses do ano. Nessa idade, o esquema completo (de duas doses ou dose única) possibilitou um risco 10 vezes menor de óbito, enquanto a dose de reforço reduziu as chances de mortalidade em 14 vezes.

Quase três milhões de pessoas com o reforço atrasado
Quase três milhões de pessoas no Rio Grande do Sul seguem com a dose de reforço em atraso, ou seja, há mais de quatro meses desde a segunda dose ou dose única.

Nesse grupo, mais de 400 mil são idosos, o que representa quase 20% da população acima dos 60 anos. Outro 1 milhão de pessoas na faixa dos 40 aos 59 anos também atrasou o reforço e precisa procurar os postos de saúde.

O Vacinômetro do Rio Grande do Sul apontou, nesta terça, 77% da população gaúcha com o esquema completo. Cerca de 4,3 milhões de pessoas já fizeram a dose de reforço, o que representa 38%.