Com a filiação ao Republicanos, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou que deve disputar a vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Com isso, chega a três o número de pré-candidaturas à vaga. Além de Mourão, também nessa quarta-feira, a ex-senadora Ana Amélia Lemos filiou-se ao PSD para tentar se eleger novamente. O senador Lasier Martins (Podemos) já anunciou que vai buscar a reeleição. Além deles, PT, PCdoB e PV iniciaram articulações para lançar o nome da ex-deputada Manuela D’Ávila.
A cerimônia de filiação do vice-presidente, que ocorreu na sede do partido, em Brasília, na noite dessa quarta, teve clima de festa. O ato contou com políticos de outras legendas, como o ministro Onyx Lorenzoni, que é pré-candidato do PL ao governo do Estado. O Republicanos vem conversando com algumas siglas para a composição da chapa. Além do PL, mantém diálogo com o PP, que definiu o senador Luis Carlos Heinze como pré-candidato. Segundo o presidente estadual do Republicanos, Carlos Gomes, as conversas permanecem e a definição ocorre até maio.
Em discurso, Mourão garantiu se manter leal ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao projeto de reeleição. Segundo Mourão, o presidente também já confirmou apoio à candidatura dele ao Senado. “Ainda não chegou o momento de encerrar minha participação na vida política no país”, ressaltou, ao discursar.
Quanto ao apoio do partido ao presidente da República, Mourão disse que essa era a posição dele, individualmente, e que a legenda pode ter outra. Marcos Pereira, presidente do Republicanos, entretanto, disse que as conversas para esse apoio seguem “avançando”. “Temos confiança de que as coisas vão se ajustar o mais rápido possível”, dise.
O general da reserva deixa o PRTB para integrar o Republicanos e, com a pré-candidatura confirmada, precisa se afastar do cargo. Mourão ocupa a vice-presidência até 2 de abril, quando termina o prazo para que ocupantes de cargos majoritários renunciem ao mandato para concorrer a um cargo diferente.
Mourão é natural de Porto Alegre. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, e agregou ao currículo militar cursos de formação, de aperfeiçoamento, altos estudos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e Política, Estratégia e Alta Administração do Exército.