Estado analisa possível ação contra municípios que já desobrigaram máscara em ambiente fechado

Decisão vai passar por análise do Comitê Científico, que em atividades internas já recomendou permanência do item por mais um período

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou nesta quarta-feira que o Piratini analisa a decisão de alguns municípios gaúchos de retirar a obrigatoriedade do uso das máscaras de proteção facial em ambientes fechados, desde o início desta semana. De acordo com o chefe do Executivo, um parecer do Comitê Científico, que já recomendou a permanência do item em locais internos por mais um período, vai ser determinante para que o Estado tome alguma providência.

“Estamos analisando ainda este elemento. Por parte do Estado, o Comitê Científico recomendou (nessa terça-feira) permanecer ainda, por mais um período, de manutenção da restrição em ambientes fechados. Eu vou demandar o Comitê Científico que se pronuncie sobre isso para que a gente possa identificar se é o caso de, ao lado do Ministério Público e outros órgãos, demandar aos municípios que não admitam ainda esta liberação”, explicou.

Entre as cidades que já tomaram a iniciativa está Carlos Barbosa, na Serra. A medida também vai ser assunto de uma reunião da Prefeitura de Porto Alegre, na sexta-feira.

Ontem, o governo estadual anunciou a desobrigação do uso de máscaras de proteção facial, mas apenas ao ar livre. A decisão levou em conta a queda das internações, combinada com o avanço da vacinação contra o coronavírus.

Contudo, durante a reunião do Gabinete de Crise, realizada nessa terça, os técnicos também ressaltaram que segue recomendado o uso de máscara, mesmo em locais abertos, para pessoas com comorbidades ou que estejam apresentando algum sintoma gripal. Além disso, o item deve usado durante situações de risco aumentado, como em locais sem distanciamento ou em longos períodos de exposição, como shows e estádios de futebol.