Conselho de Segurança da ONU se reúne novamente nesta quinta para debater Ucrânia

Na sexta, colegiado deve votar resolução russa sobre ajuda humanitária

Foto: Prefeitura de Kiev/Divulgação

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) volta a se reunir, nesta quinta-feira, a pedido de seis nações ocidentais que buscaram uma sessão aberta sobre a Ucrânia antes da votação esperada de uma resolução humanitária russa, que criticaram duramente por não fazer menção à guerra contra o país vizinho.

“A Rússia está cometendo crimes de guerra e atacando civis. A guerra ilegal da Rússia contra a Ucrânia é uma ameaça para todos nós”, tuitou a missão da ONU no Reino Unido, um dos seis países que solicitaram a reunião, que teve apoio ainda de Estados Unidos, França, Irlanda, Noruega e Albânia.

A Rússia circulou uma proposta de resolução do Conselho de Segurança, na terça-feira, defendendo proteção para civis “em situações vulneráveis” na Ucrânia e passagem segura para ajuda humanitária e pessoas que querem deixar o país, mas sem mencionar a guerra.

O projeto de resolução também enfatiza a necessidade de “as partes interessadas” concordarem com pausas humanitárias para evacuar rapidamente “todos os civis”, mas nunca identifica as partes.

A expectativa é que essa resolução seja votada pela Conselho na sexta-feira. Diplomatas dizem que a medida deve fracassar porque não pressiona por um fim do combate ou retirada das tropas russas de cidades como Kiev e Mariupol.

Uma resolução do Conselho de Segurança precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto dos membros permanentes — Rússia, China, Reino Unido, França ou Estados Unidos — para ser adotada. Diplomatas disseram que a medida russa tende a fracassar porque a maioria dos 15 membros provavelmente vai se abster.

A Ucrânia e os aliados ocidentais vêm acusando Moscou de atacar civis indiscriminadamente. Milhares de pessoas foram mortas durante a invasão da Rússia, que começou em 24 de fevereiro, e vários milhões tiveram de fugir do local onde viviam.

A Rússia chama as ações militares na Ucrânia de “operação especial”. O país nega atacar civis dizendo que o objetivo dos ataques aéreos, terrestres e marítimos é destruir a infraestrutura militar da Ucrânia.